segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Tempos Difíceis

Em nenhum outro período da história da humanidade se falou tanto em preservação do meio ambiente e de espécies animal em extinção como no fim do século XX e inicio do século XXI. Acrescenta-se a isso uma perspectiva nada favorável da vida humana na face da Terra.

A exploração desordenada e ilegal dos recursos naturais, a devastação das florestas tropicais e a emissão excessiva de gases poluentes na atmosfera do nosso planeta, têm sido responsáveis por estatísticas e prognósticos desesperadores sendo este um tema de preocupação internacional.

Como resultado desse processo, efeitos como o aquecimento global tem desencadeado inúmeros fenômenos naturais tais como o derretimento das calotas polares que prevêem aumento no nível dos oceanos, inundações e até o desaparecimento de algumas ilhas; Alterações climáticas que podem afetar significativamente tanto a geografia como a economia mundial.

Pouco se tem falado, no entanto, sobre uma outra destruição cujo prognóstico, igualmente desesperador, deveria, desde já, alarmar toda humanidade.

Não só o Planeta Terra está em vias de falecimento, também o planeta homem, em todos os desdobramentos da vida pessoal e em sociedade. Quando o Apóstolo Paulo descreve uma perspectiva dos últimos dias (2 Tm 3:1-7) ele diz que sobrevirão tempos difíceis. Seu foco, no entanto, não estava nos fenômenos naturais tais como terremotos, tsunames, tufões e furacões como sinais apocalípticos, mas na degeneração do homem em sua moral, ética e conduta.

Vivemos um tempo onde não somente a natureza nos prenuncia o caos ambiental, mas também onde a natureza pecaminosa do homem prognostica uma sociedade inteiramente desprovida de valores e distante de Deus.

Vivemos num tempo onde as pessoas são mais amigas dos prazeres que amigas de Deus. Onde muitos passam a relacionar-se com Deus de forma hedonista, buscando satisfação pessoal e a realização de seus desejos e interesses egoístas, como se Deus fosse um mero serviçal sempre pronto a atender aos seus caprichos.

Vivemos um tempo de pouca afeição e respeito. Um tempo de crueldade e violência onde os crimes cometidos são cada vez mais revestidos de sofisticação maligna e frieza.

No entanto, a sociedade tem se tornado anestesiada e acostumada a esta realidade tão trágica que tem gerado todo esse caos humano.

Não há dúvidas de que a família juntamente com a igreja sejam uns dos principais fatores de transmissão desses valores. Mais do que fatores econômicos e culturais a desestruturação da família é reconhecidamente o melhor exemplo de deflagrador dos problemas sociais, tais como a violência, a criminalidade, a sociopatia e outros.

Em vista disto, acredito que, como discípulos do Senhor Jesus, deveríamos refletir sobre o nosso papel e nossa responsabilidade de sermos luz (parâmetro ético e moral) e sal (elemento de preservação) desse mundo.

Precisamos estar atentos e vigilantes para que as características dos seres humanos dos últimos dias, descritas por Paulo não estejam fazendo parte de cada um nós sem que percebamos. A indiferença a toda essa realidade a nossa volta é um grave sintoma de que não somente não estamos cumprindo nossa missão, mas fazendo parte da estatística de degeneração do ser humano.

No amor do Pai

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