terça-feira, 18 de dezembro de 2007

O Valor da Gratidão

Quando chega o fim do ano e nos aproximamos das festas de natal e ano novo, nos deparamos com inúmeras confraternizações. As pessoas se reúnem em bares e restaurantes, trocam presentes de amigo secreto, abraçam e felicitam umas as outras. Inúmeras também são as promessas que fazem pra si mesmas de não repetir no novo ano os erros e excessos cometidos no ano que está terminando. Uns desejam emagrecer e determinam que vão se despedir das calorias e carboidratos durante as festas de fim de ano. Outros, que vão parar de beber, de fumar, de usar o cartão de crédito ou o cheque especial etc.

É muito comum observarmos também que em meio às celebrações e expectativas pro novo ano há também muito sentimento de frustração e fracasso por não terem atingido ou cumprido as promessas feitas no ano anterior. Além disso, há pessoas que ao longo do ano experimentaram perdas significativas, tais como a morte de um ente querido, um emprego bem remunerado, um divórcio indesejado etc. Talvez tais pessoas tenham perdido o ânimo e a coragem de se lançarem à vida acreditando que com a ajuda de Deus podem levantar-se, sacudir a poeira e dar a volta por cima.

Em virtude disso, é muito comum observamos pessoas desencorajadas e lamentosas. Pessoas que abraçam o pessimismo e a reclamação, ao invés de olharem a vida com os olhos da razão e do bom senso. Pois, por piores que tenham sido as experiências vivenciadas no ano que termina, a vida ainda não terminou. Por mais dramáticos que tenham sido os capítulos da nossa história, ela ainda não terminou e, se estamos firmados em Jesus, precisamos continuar crendo que Ele é Soberano e sempre estará conosco, até a consumação dos séculos.

Em meio a tantos sentimentos que envolvem a nossa vida, a celebrações e festas, a expectativas e projetos, você já se lembrou de agradecer a Deus por tantas coisas boas que vem acontecendo ao longo da sua vida? Sua família, sua mulher, seu marido, seus filhos, seus amigos, sua saúde, sua igreja, sua vida etc.

Talvez você não tenha alcançado tudo que desejou, mas será que não recebeu além do que esperou? Nesse fim de ano dê de presente a sua GRATIDÃO. Diga MUITO OBRIGADO a Deus e a todos que, a cada dia do ano, lhe tem presenteado com suas próprias vidas.

Feliz Natal a todos e muito obrigado.

Cláudio Alvares

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

"Relaxa e Goza"

Ontem, quando fiquei sabendo que mais uma vez o Senado Federal livrou a cara do Sr. Renan Calheiros, acusado de receber recursos de empreiteira para pagar pensão, de beneficiar cervejaria junto ao INSS e de grilar terras, de usar laranjas para a compra de rádios e um jornal, de participar de esquema de desvio de dinheiro em ministérios e de montar dossiê contra senadores para chantageá-los, me lembrei da sugestão da Ministra do Turismo, Marta Suplici, que em plena crise dos aeroportos do país disse aos passageiros entulhados nos aeroportos: “RELAXA E GOZA”.

Essa é a mensagem que o Senado Federal mais uma vez passa aos milhões de brasileiros que já acostumados à impunidade de ministros, parlamentares e empresários desse país, não se surpreenderam com essa segunda absolvição de Renan Calheiros.

Em outras palavras, o Senado Federal do Brasil está dizendo ao povo brasileiro que a curra é inevitável, que independente da vontade popular ou de todas as provas e fatos apurados pela comissão de ética do senado contra o Senador Renan Calheiros não são suficientes para puni-lo e que, querendo ou não, todos nós teremos que conviver com essa realidade indesejável.

Até quando estaremos sujeitos a estes estupros políticos? Até quando teremos que tolerar a roubalheira, a corrupção e a impunidade? Até quando a moral, a ética e os bons costumes continuarão afrontados pelo procedimento daqueles que se encontram na cúpula desse país?

Vivemos em um país de contrastes e desigualdades. Num país onde uma menina adolescente que roubou uma lata de leite é colocada em uma cela com vinte homens no Pará por quase um mês sendo currada e abusada sexualmente em troca de um prato de comida, enquanto criminosos de paletó e gravata continuam soltos e desfrutando das benesses do Estado Brasileiro.

O que eu vou dizer pros meus filhos? Que explicação dar a eles? Que o errado às vezes é certo? Que a desonestidade, a fraude e o roubo são procedimentos “normais”? Que o crime compensa? Talvez então eu possa dizer que todas as acusações contra o Sr. Renan não passaram de meras fantasias? Que na realidade nada aconteceu? Ninguém recebeu ou pagou nada, ninguém foi beneficiado, nunca existiram laranjas, nenhuma rádio ou jornal foram comprados, nem esquema de desvio de dinheiro aconteceu em ministério algum? Estamos todos loucos?

É, meu amigo, vivemos um tempo de crise de valores onde o mal é chamado de bem e o bem, mal; onde o certo é errado e o errado é certo; onde o amargo é posto como doce e o doce, por amargo; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade. (Is 5:20).
Oremos pelo nosso Brasil.

Claudio Alvares