sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Por qué no te callas?

“Quem fala o que quer, ouve o que não quer”. Assim diz o ditado popular. No entanto, acho que esse ditado popular pode sofrer algumas modificações: “Quem ouve o que não quer e não fala o que quer, aceita tudo o que vier”.

A celebre frase “? Por qué no te callas?”, pronunciada pelo Rei Juan Carlos, de Espanha, ao presidente venezuelano Hugo Chavez espalhou-se e foi manchete dos principais jornais e veículos de comunicação de todo mundo, transformando-se, inclusive em ringtones de aparelhos celulares.

Fiquei pensando nesse acontecimento e me despertei para uma realidade muito negativa do povo brasileiro: a nossa passividade diante de absurdos aos quais somos constantemente submetidos.

No caso a frase deveria ser outra: Por qué te callas? Por que não dizemos BASTA!!? Basta ao nosso conformismo, a nossa indiferença e a nossa tolerância para com a corrupção e roubalheira desse país.

Por que nos calamos diante da onda de violência e imoralidades que assolam nossos jovens e crianças? Por que nos calamos diante do caos que se tornou os serviços de saúde onde milhares de pessoas morrem nos corredores dos hospitais da rede pública? Pra onde estão indo os bilhões de Reais arrecadados com a CPMF e outros impostos?

Por que nos calamos diante do descaso com a educação, aonde milhares de alunos chegam ao final do ano sem terem uma única aula de português e matemática?

Por que nos calamos? Por que nos permitimos sermos esmagados sem esboçarmos nenhuma reação? Nossa cultura de passividade precisa ser mudada!

E nós, cristãos? Cadê a nossa voz profética? Cadê o nosso clamor diante de Deus? Por que calamos?

2 comentários:

Onildo Braz disse...

Você não acha que o povo brasileiro se cala diante de tais fatos não porque é passivo, mas porque suas vozes não tem êco? A Elite Brasileira só houve o que a interessa, dela fazem parte nossos governantes...

Onildo Braaz

renato vargens disse...

Eu já acho que o povo brasileiro é passivo demais? Repare por exemplo no caos daquela casa de tolerância chamada congresso nacional? Em qualquer país desenvolvido, o povo já tinha ido as ruas protestando contra as arbitariedades cometidas pelos ilustres deputados e senadores.

Renato Vargens