Ao ouvir a exposição da Palavra de Deus na manhã de ontem, me deparei com esta simples, mas extraordinária realidade: Deus é Deus e nós, nada!
Deus é e continua sendo quem Ele é independentemente de quem nós somos ou de que forma nós o compreendamos.
A compreensão de quem é Deus pode adquirir os mais variados contornos de acordo com a formação, com a cultura e a história de cada um. No entanto, o ser de Deus não está subordinado ao que dele pensamos. Ele é quem é e não precisa de nós para ser. Por outro lado, nós não somos sem Ele.
A exposição da Palavra não somente aponta para um Deus que é quem é independente das elucubrações ou conjecturas elaboradas pelo pensamento humano, como também, aponta para uma realidade ontológica: somos miseráveis! Em outras palavras, a exposição bíblica ratifica o antagonismo latente entre as naturezas divina e humana. Porém, por mais paradoxal que pareça, a exposição bíblica, ainda que reforce o sentimento de inacessibilidade devido a nossa natural incompatibilidade com a santidade de Deus, também demonstra a aceitabilidade divina, não segundo os parâmetros humanos, felizmente! Mas, segundo a sua infinita graça, compatível com sua natureza.
Por fim, a exposição da Palavra de Deus exalta a Cristo e ao mesmo tempo nos abate e nos humilha, expondo nossas fraquezas, delitos e pecados. À luz das Escrituras somos desmascarados em nossa ilusão de pensarmos ser quem realmente não somos; vemos a Deus como Ele é e começamos a nos enxergar e a entender que Deus é Deus e nós, absolutamente nada!
No amor do Pai,
Claudio Alvares