terça-feira, 11 de novembro de 2008

Nem tudo que começa bem, termina bem (Parte I)

Essa foi a impressão tive ao ler a história do rei Uzias, um dos principais reis de Judá. Uzias foi um rei que sucedeu a seu pai, Amasias, tendo ascendido ao trono com todo apoio popular quando tinha apenas dezesseis anos de idade. Uzias seguiu os passos de seu pai em fazer não somente o que era reto perante o Senhor, como também o que não era. Senão, vejamos.

Uzias, logo no começo de seu reinado, toma uma decisão extremamente importante e significativa – Ele se propôs a buscar o Senhor. O escritor de 2 Crônicas ainda reitera dizendo que “nos dias em que buscou ao Senhor, Deus o fez prosperar” (26:5).

Nesse ponto muitos neopentecostais e muitos que preconizam a teologia da prosperidade, costumam cometer algum equívoco. O equívoco está no fato de que, na escala de valores e prioridades, Deus está relegado a um patamar secundário. O foco principal passa a ser a benção e a prosperidade em detrimento de Deus. Aliás, na maioria das vezes, Deus tem se tornado apenas um meio para atingir o alvo principal.

Na experiência de Uzias, a prosperidade foi conseqüência de alguém que se propôs a buscar ao Senhor. O grande problema hoje em dia é que as pessoas se propõem a buscar prioritariamente aquilo que lhes interessam e que satisfaça seus desejos egocêntricos, fazendo de Deus um meio para isso. Nesse caso, Deus passa a ser o “gênio da lâmpada mágica”, alguém que está sempre submisso as ordens e caprichos daqueles que se denominam “filhos do Rei”.

Absurdamente esta realidade tem se tornado extremamente comum. Nisto, cada vez mais se percebe um distanciamento de um padrão de cristianismo que possa fazer diferença em nossa sociedade contemporânea. Portanto, não é de se admirar que o amor de muitos esteja se esfriando, que estejamos experimentando pseudo-avivamento, que vejamos igrejas transbordando de pessoas vazias de Deus.

Vivemos num tempo onde se tem avaliado o nível de espiritualidade das pessoas através do crivo da condição financeira ou das bênçãos alcançadas. Onde estão os apaixonados pelo Senhor? Onde estão os verdadeiros missionários? Aqueles que não se sentem chamados a fazer missão em nações de primeiro mundo, mas que deixam riquezas e honras humanas para anunciar a palavra entre os miseráveis? Onde estão os que verdadeiramente amam ao Senhor e que não estão dispostos a negociar os valores absolutos de Sua Santa Palavra? Onde estão os verdadeiros adoradores que a Ele tributam gloria e honra sem segundas intenções?

Infelizmente muitos que começam bem, estão terminando de forma diferente. Já não se propõem a buscar a Deus como no início. Não se dedicam tanto a oração e ao estudo da Palavra como no começo. Quando se propõem a buscá-lo, o fazem não por quem Ele é, mas por aquilo que Ele lhes pode proporcionar. Deus não tem sido o motivo do prazer e da alegria, mas o meio para alcançá-los.

CONTINUA...

3 comentários:

Anônimo disse...

Hoje procura-se as bençãos de DEUS e não o DEUS das bençãos, " Procuraí o reino dos céus e sua justiça e o demais vos será acrescentado ". vemos grandes líderes " pastores, apóstolos do terceiro milênio " de carrões, iates, aviões e JESUS de jumento, pastores com conduta duvidosa na sua moral não servindo como exemplo nem para os cães, estamos no fim dos tempos.

Anônimo disse...

Hoje procura-se as bençãos de DEUS e não o DEUS das bençãos, " Procuraí o reino dos céus e sua justiça e o demais vos será acrescentado ". vemos grandes líderes " pastores, apóstolos do terceiro milênio " de carrões, iates, aviões e JESUS de jumento, pastores com conduta duvidosa na sua moral não servindo como exemplo nem para os cães, estamos no fim dos tempos.

Meeeo...Somos Adolescentes! disse...

Apatia...é o que sinto em relação aos cristãos atuais.
Não existe aquela impolgação que deveria fazer parte do "servir a Cristo".
"Amar a Deus sobre todas as coisas"...Como se ensina as pessoas a amar a Deus sobre os interesses pessoais, os prazeres de um shopping center, dos bens de consumos duráveis e outros nem tanto, daquele fim de semana com os amigos na praia, do "eu sou importante pra mim", do tempo disponível, etc.
Todas essas coisas tem tomado o lugar de Deus, e eu que trabalho com adolescentes, nunca ví tanta dificuldade em faze-los entender isso.
É uma luta que resolvi travar em favor de Deus, mesmo vendo que é uma luta desigual. Sofro com as reações de desinteresse de muitos que são "igrejeros" e não crentes genuínos.
Desistir e entregar a vitória ao inimigo, então só nos resta lutar e lutar, com Deus e por Deus.
PS: por favor, divulgue o meu blog para os seus adolescentes, pois é um canal que os ajuda a estar fora de sites que de nada os acrecenta.
Quero ajudar os meus, os seus adolescentes e qualquer um que tenha acesso a entender que ser adolescente cristão não é sacrifício, é simplesmente ter o prazer de saber dizer "não" para o mundo, sem sofrer.
Conto com vc.